13.01.2013

Antonio Carlos Jobim & Elis Regina – Aguas de Marco

Soms zijn er weinig woorden nodig bij muziek die je aanspreekt. Geniet met me mee van de muzikale klasse en het plezier van Antonio Carlos Jobim (1927-1994) en Elis Regina (1945-1982). Door velen wordt hun album Elis & Tom (1974) geroemd als het grootste bossa nova album aller tijden en dit lied Aquas de Marco (Waters Of March) als de beste Braziliaanse song aller tijden. Jobim schreef zowel de Portugese tekst als de Engelse tekst die in een aantal opzichten anders is. Beide vindt je hieronder. De tekst bestaat uit associaties bij de maand Maart. De regen, wind en stormen kondigen dan het einde van de Braziliaanse zomer aan.

Aguas de Marco
É pau, é pedra,
é o fim do caminho.
É um resto de toco,
é um pouco sozinho.
É um caco de vidro,
é a vida, é o sol.
É a noite, é a morte,
é um laco, é o anzol.

É peroba do campo,
é o nó da madeira.
Cainga, candeia,
é o Matita Pereira.
É madeira de vento,
tombo da ribanceira.
É o mistério profundo,
é o queira ou nao queira.

É o vento ventando, é o fim da ladeira,
é a viga, é o vao, festa da cumeeira.
É a chuva chovendo, é conversa ribeira,
das aguas de marco, é o fim da canseira.

É o pé, é o chao, é a marcha estradeira.
Passarinho na mao, pedra de atiradeira.
Uma ave no céu, uma ave no chao.
É um regato, é uma fonte, é um pedaco de pao.
É o fundo do poco, é o fim do caminho,
no rosto o desgosto, é um pouco sozinho.

É um estrepe, é um prego,
é uma ponta, é um ponto.
É um pingo pingando,
é uma conta, é um conto.
É um peixe, é um gesto,
é uma prata brilhando.
É a luz da manha, é o tijolo chegando.

É a lenha, é o dia, é o fim da picada,
é a garrafa de cana, o estilhaco na estrada.
É o projeto da casa, é o corpo na cama,
é o carro enguicado, é a lama, é a lama.

É um passo, é uma ponte,
é um sapo, é uma ra.
É um resto de mato, na luz da manha.
Sao as aguas de marco fechando o verao,
é a promessa de vida no teu coracao.

É uma cobra, é um pau, é Joao, é José,
é um espinho na mao, é um corte no pé.
Sao as aguas de marco fechando o verao,
é a promessa de vida no teu coracao.

É pau, é pedra, é o fim do caminho.
É um resto de toco, é um pouco sozinho.
É um passo, é uma ponte,
é um sapo, é uma ra.
É um belo horizonte, é uma febre terca.
Sao as aguas de marco fechando o verao,
é a promessa de vida no teu coracao.

Waters of March
A stick, a stone, it’s the end of the road.
It’s the rest of a stump.
It’s a little alone, it’s a sliver of glass.
It is life, it’s the sun.
It is night, it is death.
It’s a trap, it’s a gun.

The oak when it blooms, a fox in the brush.
A knot in the wood, the song of a thrush.
The wood of the wind, a cliff, a fall.
A scratch, a lump, it is nothing at all.

It’s the wind blowing free. It’s the end of the slope,
It’s a beam, it’s a void. It’s a hunch, it’s a hope.
And the river bank talks, of the waters of March.
It’s the end of the strain, the joy in your heart.

The foot, the ground, the flesh and the bone.
The beat of the road, a slingshot’s stone.
A fish, a flash, a silvery glow.
A fight, a bet, the range of a bow.

The bed of the well, the end of the line.
The dismay in the face, it’s a loss, it’s a find.
A spear, a spike, a point, a nail.
A drip, a drop, the end of the tale.

A truckload of bricks, in the soft morning light.
The shot of a gun, in the dead of the night.
A mile, a must, a thrust, a bump.
It’s a girl, it’s a rhyme,
it’s a cold, it’s the mumps.

The plan of the house, the body in bed.
And the car that got stuck,
it’s the mud, it’s the mud.
Afloat, adrift, a flight, a wing.
A hawk, a quail, the promise of spring.
And the riverbank talks of the waters of March.
It’s the promise of life, it’s the joy in your heart.

A stick, a stone, it’s the end of the road.
It’s the rest of a stump, it’s a little alone.
A snake, a stick, it is John, it is Joe.
It’s a thorn in your hand, and a cut in your toe.

A point, a grain, a bee, a bite.
A blink, a buzzard, a sudden stroke of night.
A pin, a needle, a sting, a pain.
A snail, a riddle, a wasp, a stain.

A pass in the mountains, a horse and a mule.
In the distance the shelves, rode three shadows of blue.
And the riverbank talks, of the waters of March.
It’s the promise of life, in your heart, in your heart.

A stick, a stone, the end of the road.
The rest of a stump, a lonesome road.
A sliver of glass, a life, the sun.
A knife, a death, the end of the run.

And the riverbank talks, of the waters of March.
It’s the end of all strain, it’s the joy in your heart.

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